segunda-feira, 22 de abril de 2024

  DIA INTERNACIONAL DA MÃE TERRA II


(Fotos e edição de vídeo: celine)


"(...)
O muro basta-me para conter a sede.
A terra dá-me a certeza da sua vontade, o seu pão de pedras.
A fronte recebe o vento.
Vivo devorado de espaço, aberto à luz, como um tronco a que uma cabeça assoma,
voltada ao horizonte.
(...)"

(António Ramos Rosa in "Sobre o Rosto da Terra")


 DIA INTERNACIONAL DA MÃE TERRA I


(Fotos e edição de vídeo: celine)


"No entardecer da terra
O sopro do longo Outono
Amareleceu o chão.
Um vago vento erra,
Como um sonho mau num sono,
Na lívida solidão
(...)"

(Fernando Pessoa in "No Entardecer da Terra")


Comemora-se, a 22 de Abril, o Dia Internacional da Mãe Terra ou, simplesmente, Dia da Terra, que foi inaugurado em 1970, a partir de um movimento organizado por Gaylord Nelson tendo sido instituído pela ONU em 2009, para relembrar as preocupações com o meio ambiente pela inacção sobre as alterações climáticas.
Na filosofia chinesa, a Terra tem a cor amarela. Aqui, o tom amarelo das fotografias pretende, antes, apelar às «doenças» de que o ambiente sofre e que transmudam o clima, as paisagens e, consequentemente, a qualidade de vida de todos os seres terrenos.

 


sexta-feira, 12 de abril de 2024

 DIA NACIONAL DO AR (E DO AMBIENTE)


(Fotos e edição de vídeo: celine)



"Pedras sobras árvores. Palavras
consciência negra do sol. Consciência da contínua
explosão.
Consciência do infinitamente frágil e mortal.
Consciência da consciência efémera.
Sabor fúnebre da iminência.
(...)"

(António Ramos Rosa, "O Sol Negro o Sol Branco" in Antologia Poética)


O Dia Nacional do Ar (e do Ambiente) comemora-se em Portugal a 12 de Abril, com a finalidade de sensibilizar a população para a qualidade do ar, do ambiente e, consequentemente, da qualidade da vida das pessoas.
As cidades são os focos de maior poluição atmosférica, com crescente densidade populacional e forte pressão urbanística - fenómenos que arrastam consigo comportamentos humanos individuais e sociais potenciadores do flagelo que já é a perturbação climática.
Mais do que mudar normas, jurídicas ou sociais, é a tomada de consciência individual e, depois colectiva, do "infinitamente frágil e mortal" do ambiente que tem força para inverter comportamentos e, talvez, salvar-nos deste "sabor fúnebre da iminência" de tragédia climática.