(Foto: celine)
"1
No espaço de um relâmpago
os olhos reflectem os navios
2
O silêncio brilha acariciado.
3
O silêncio é de todos os rumores
o mais próximo da nascente.
4
Só água era, e sem memória.
5
Claridade sem repouso, ó claridade,
aguda nos juncos, nas pedras rasa.
6
No ardor dos cardos
que o vento faz casa.
7
Da pedra ao sal, do sal à espuma,
amo a pobreza e a brancura."
(Eugénio de Andrade, "As nascentes da ternura" in Ostinato Rigore)
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