(Fotos: celine)

Feliz Natal   

Frohe Weihnachten   Eguberri on   Bon Nadal   Bon Natale   

Feliz Navidad   hyva joulua   Joyeux nöel   Bo Nadal   Nollaig Shon   

Gleoileg jól   

Buon Natale   god jul   Wesolych Swiat   Craciun fericit   veselé Vánoce   

shchaslyvoho Rizva   Vesela Koleda   

sretan Bozic   Nollaig Chridheil   il-Milied   it-tajjeb   

Merry Christmas      

 

(Foto: celine)

"Na sina que me foi lida,

Este dia é sempre assim:

Sol na paisagem da vida,

E sombra dentro de mim."

(Miguel Torga in Poesia Completa)

 

(Foto: celine)

"(..) a música parecia uma rosa aberta na imensa planície nevada do silêncio."

(Milan Kundera in A Insustentável Leveza do Ser - a propósito da música de Bach)

 

(Foto: celine)

"Fui rocha,

em tempo, e fui no mundo antigo,
Tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onde, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo ...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
Ou, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...

Hoje sou homem – e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, na imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade."

(Antero de Quental in "Evolução")

 

(Foto: celine)

"There is a bird in the poplars!
It is the sun!
The leaves are little yellow fish
swimming in the river.
The bird skims above them,
day is on his wings.
Phoebus!
It is he that is making
the great gleam among the poplars!
It is his singing
outshines the noise

of leaves clashing in the wind."

(William Carlos Williams in Metric Figure)

 

(Foto: celine)

"Uma pessoa tem a sua vida. Aparece um estranho. É um empecilho."

(V. S. Naipaul in A Curva do Rio)

 

(Foto: celine)

"(...) encontro simultâneo de dois mundos como fotografias que tivessem sido submetidas a uma dupla exposição."

(Milan Kundera in A Insustentável Leveza do Ser"

 

(Foto: celine)

"Para mim é suficiente ter a certeza de que tu e eu existimos neste momento."

(Gabriel Garcia Márquez in Cem Anos de Solidão)

 

(Foto: celine)

 "Havemos de ir ao futuro

e quando lá chegarmos

hão-de estar todos juntos numa festa à nossa

                                                                            [espera

mesmo os amigos que perdemos no caminho."

(Filipa Leal in Vem à Quinta-Feira)

A propósito de As Palavras do Corpo, de Maria Teresa Horta

(Foto: celine)

"Por causa de um livro

vieste ao meu encontro.

Era Verão, não sabias de nada

nem isso interessava. Palavras

amavam-se fora de ti,

no atropelo das emoções."

(Isabel de Sá in Erosão de Sentimentos)

 

(Fotos: celine)

"A photograph is a secret about a secret. 

The more it tell you the less you know."

(Diane Arbus, fotógrafa)

 

(Foto:celine)

"            lá vai um homem sozinho

o que ele pensa da noite
            eu não sei
    apenas adivinho

            pensa o que pensa
todo mundo indo

            um dia

        eu já tive vizinho"

(Paulo Leminski in Toda Poesia)

 

(Foto: celine)

"Há um caminho marítimo no meu gostar de ti.

Há um porto por achar no verbo amar

há um demandar um longe que é aqui.

E o meu gostar de ti  é este mar. 

Há um Duarte Pacheco em eu gostar

de ti. Há um saber pela experiência

o que em muitos é só um efabular.

Que de naugrágios é feita esta ciência

que é eu gostar de ti como um buscar

as índias que afinal eram aqui.

Ai terras de Aquém-Mar (a-quem-amar)

naus a voltar no meu gostar de ti:

levai-me ao velho pinho do meu lar

eu o vi longe e nele me perdi."

(Manuel Alegre, "Amor de Fixação")

 

(Foto: celine)

"Todas as imagens contêm uma história. Nós temos que descobrir essa história."

(Italo Calvino in O Castelo dos Destinos Cruzados)

 

(Foto: celine)

"Fortitudine vincimus - Pela resistência, conquistamos"

(Lema do brasão de família de Ernest Shakleton (1874-1922), 

explorador da Antárctica)

 

(Foto:celine)

"        lá dentro 

o que é que tem

  que aqui fora

não tem ninguém?"

(Paulo Leminski in Toda Poesia)

 

(Fotos: celine)

"ESQUECIMENTO. Na paisagem, as árvores torturadas, apontam ramos transviados ao céu branco. Memórias de árvores, folhas esquecidas, flores que não despontam. Como nada se destaca, a paisagem é nómada, contra um horizonte de memórias estagnadas. A paisagem move-se, segue o ritmo inquieto do nosso olhar, é só paisagem em nós, quando nos movemos. É feita de reminiscências, sonhos imprecisos, fantasias confusas e inexplicáveis, Já passámos por aqui, já andámos de lá para cá, e voltamos a pisar os trilhos da nossa inocência. Pedaços de madeira calcinada, fumarolas adivinhadas, sinais de vida onde a vida não passou. Terra onde tudo aconteceu antes, terra onde nada acontece nunca mais. Terra sem paz."

(António Mega Ferreira in Silêncio)

 

(Fotos: celine)

"(...) Enquanto falamos, observo-os. Têm o habitual ar tranquilo e descontraído dos tantos viandantes que percorrem a pé as imensas solidões africanas. Observo os instrumentos. São os tantãs costumeiros, ou tambores de madeira e de couro, cilíndricos, de vários tamanhos, que se tocam com as palmas das mãos; além disso, trazem o balafon, uma espécie de xilofone que se toca com os marteletes.

(...) Os tambores e o balafon estão a experimentar os seus sons; casualmente, baixo os olhos: os pés das crianças perto de mim, ao som dos harpejos, já estão em movimento, ensaiando passos de dança, com um automatismo atávico que traz à lembrança as experiências de Pavolv com os cães."

(Alberto Moravia in Cartas do Sahara)    

 

(Foto: celine)

"As casas são as pedras

por onde o vento canta

histórias antigas. Vidas sem fim.

As pedras são as casas

cortadas pelo tempo

Um canto breve. Por um amor.

E não te ter... Amor sem fim... É não viver... Procuro o mar...

O verso de um momento

segredo de um poema

um sonho negro. Entre a dor.

No meio de um livro

memória de outro tempo

alma tão triste. Espero por ti.

E não te ter... Amor sem fim... É não viver... Procuro o mar..."

(João Francisco Vilhena in Silêncio, coordenação António Mega Ferreira)

 

(Foto: celine)

"Vento de outono

Até a sombra da montanha

Tirita"

(Issa Kobayashi in Primeira Neve [haikus]

 

(Foto: celine)

"Crepúsculo de outono - 

Escrevo com um dedo

No céu azul"

(Issa Kobayashi in Primeira Neve [haikus])

 

(Foto: celine)

"Grues qui doucement

s'installent au bord

de l´étang voisin

troué de nuages

aucun amant

ni ami

oiseau ou climat

n'y pourra changer."

(Barry Gifford, "Message chinois à un ami lointain", apud Lídia Jorge in Em Todos os Sentidos)

 

(Foto: celine)

"Existe um oxímoro na arte, ela atinge-nos em pleno peito quando sugere, e não mostra."

(Lídia Jorge in Em Todos os Sentidos)

 

(Foto: celine)

"Tão longe das nuvens da Montanha Sung,

                                                                                

                                                                                das árvores de Ch'iu

- Por duas carpas te envio esta mensagem:

Não há neste Outono, um hóspede no jardim Liang,

Há, em Ming-Lao, um poeta, doente, à chuva."

(Li Shang-Yin in Chuva a Primavera e Outros Poemas)

 

(Fotos: celine)

"Tendo vivido, como eu vivi, em muitas cidades e países diferentes, habituei-me a fazer novos amigos numa idade em que muitas pessoas vivem da reserva minguante de amizades feitas na faculdade quando tinham dezanove ou vinte anos." 

(Georg Dyer in Yoga para Pessoas Que Não Estão para fazer Yoga)

 

(Foto e edição: celine)

 

(Foto e edição: celine)

 

(Foto e edição: celine)

 

(Fotos e edição: celine)

"Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,

A essa hora dos mágicos cansaços,

Quando a noite de manso se avizinha,

E me prendesses toda nos teus braços...

(...)".

(Florbela Espanca in Charneca em Flor)

 

(Foto: celine)

Le Petit Poucet à la plage

 

(Foto: celine)

Amapola, Amapola

Cómo puedes tú vivir tan sola? 

 

(Foto: celine)

(Jorge de Sena, "Domingo" in Pedra Filosofal)

 

(Foto: celine)

"Um dia, quando Phardrous, o grego, caminhava pelo Jardim, bateu com o pé numa pedra e ficou enfurecido.

E voltou-se e agarrou na pedra dizendo em voz baixa:

- Oh, uma coisa morta no meu caminho. - E atirou fora a pedra.

E Almustafa, o escolhido e bem amado, perguntou:

- Por que disseste <Oh, uma coisa morta>?  

Não estás já há tempo suficiente neste Jardim para saberes que aqui não existe nada morto?"

(Kahlil Gibral, O Jardim do Profeta)

 

(Fotos e edição: celine)

Woman's Month

Still the palette of life, 

through my eyes...

 

(Fotos: celine)

Life can be seen as a palette...

1. Black&White

2. Neutral

3. Colorful

We accept, and live,

each moment

with the colour

that offer us.

(Foto: celine)

Domingo da Epifania

"A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo eu estarei escolhendo. 

Contudo, viver é isso: ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências."

(Pensamento atribuído a Jean-Paul Sartre)

 

(Foto: celine)

 "Prostrando-se, O homenagearam. Em seguida, abriram os seus cofres e ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra."

(Padre António Vieira, "Sermão de dia de Reis" in Sermões do Advento, do Natal e da Epifania)

(Foto e edição: celine)

Ainda o ADVENTO...

Que 2023 seja um ano de ADVENTO - como quem diz, de ESPERANÇA.

Esperança de que sejamos mulheres e homens com força de ACREDITAR - como quem diz, de FÉ.

Fé de que sejamos mulheres e homens lúcidos e (ainda) de boa vontade para (re)construirmos

a TEMPERANÇA,

a PRUDÊNCIA,

a JUSTIÇA,

e, assim, acreditarmos que mulheres e homens do Mundo alcancem a PAZ, para a colectividade e para o indivíduo.

"Cada um é as suas acções, e não é outra coisa. (...) A verdadeira fidalguia é ACÇÃO."

(Padre António Vieira in Sermões do Advento, do Natal e da Epifania)