O sol dos tempos
avivou,
na memória dos anos,
os teus traços
esculpidos
no meu retrato.
A chuva dos tempos
velou,
na memória dos anos,
o teu antagonismo
infundido
no meu humanismo.
Nos teus humores
rabiados, mas incólumes,
moldou-se esta filha;
sem raio que a dome!
Nas simples linhas
dos teus limpos desenhos
firmaram-se as letras
dos meus claros desejos.
E no olhar de arte,
a florear-te a mente,
afilhou-se o reflexo
da minha lente.
Que eu assim saiba ser
o teu sopro de vida
jazerino, a empalidecer
a tua morte,
Pai...
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