domingo, 19 de março de 2017




O sol dos tempos
avivou,
na memória dos anos,
os teus traços
esculpidos
no meu retrato.
 
A chuva dos tempos
velou,
na memória dos anos,
o teu antagonismo
infundido
no meu humanismo.
 
Nos teus humores
rabiados, mas incólumes,
moldou-se esta filha;
sem raio que a dome!
 
Nas simples linhas
dos teus limpos desenhos
firmaram-se as letras
dos meus claros desejos.
 
E no olhar de arte,
a florear-te a mente,
afilhou-se o reflexo
da minha lente.
 
Que eu assim saiba ser
o teu sopro de vida
jazerino, a empalidecer
a tua morte,
 
Pai...


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