E agora, Amazónia?
(Fotos e edição em vídeo: celine)
Em Abril de 2003, na minha primeira viagem ao Brasil, visitei a Amazónia.
Fiquei alojada no Ariaú Towers Hotel (que viria a fechar portas em 2015), cujos quartos e passadiços de acesso eram de madeira - que tresandava a um qualquer químico repelente das colónias de mosquitos autóctones - assentes em palafitas, dentro das águas do Rio Ariaú, afluente do Rio Negro, no Estado do Amazonas.
O hotel ficava praticamente camuflado na vegetação, então, muito verdejante, densa, enigmática, e a perlar-nos a pele da canícula húmida.
Disfrutei daquele pedaço da Floresta Amazónica, deliciei-me com os mimos dos engraçadíssimos saguins e relaxei nos tranquilos passeios de piroga, à pesca de piranhas, por entre os exóticos igapós.
Hoje, a Amazónia arde - e, ao que consta, irresponsavelmente.
O maior reduto de biodiversidade num contínuo espaço geográfico, elegido "pulmão do planeta", agoniza numa morte lenta, sufocando o resto da Terra no fumo negro de um futuro sustentável severamente comprometido.
Será a Amazónia o último paraíso... perdido?
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